Uma possível extinção do Carvalho alvarinho (Quercus robur) no ecossistema poderia resultar numa grande perda de biodiversidade e habitat de muitas espécies animais, podendo levar igualmente à extinção das espécies que dependiam desta árvore, uma vez que essas espécies ficariam sem abrigo, proteção e alimento. Pode também provocar alterações no solo visto que, sem as raízes para absorver a água da chuva, os solos ficariam desprotegidos e mais suscetíveis a processos de erosão e, numa escala mais acentuada, à desertificação.
A proteção do Carvalho alvarinho assume uma especial importância uma vez que irá refletir-se ao nível da conservação da natureza, em particular pela capacidade de promover a diversidade da fauna e da flora, estabelecendo um património natural e ambiental, que são a fonte de diferentes formas de vida essenciais e inteiramente imprescindível da riqueza do nosso País.
Assim a criação da Área Protegida das Pateiras do Ave assume enorme importância, no sentido de preservar não só esta espécie, como outras que passam e vivem neste local. O processo de classificar as Pateiras do Ave como Área Protegida tem sido moroso [iniciou há quatro anos] pois a abordagem é diferente da maior parte das áreas protegidas em Portugal: “sabemos que, por vezes, criam-se conflitos com a população local, por isso estamos em contacto permanente com associações, juntas de freguesia, agricultores, tudo para que, existindo um consenso sobre a área a preservar, se possa avançar sem qualquer conflito” referiu o biólogo, Vasco Flores Cruz.
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